Com o passar do tempo e o avanço da idade, as mulheres podem apresentar mudanças e variações hormonais. Devendo estar sempre atentas a todas as alterações em seu corpo, buscando o autocuidado e uma melhor qualidade de vida.
As doenças ginecológicas são aquelas que afetam o sistema reprodutor feminino, e apresentam características de acordo com a faixa etária, tendo consequências significativas na saúde da mulher, tumores sólidos benignos são mais frequentes, mas podem ocorrer outras alterações como os os cistos e outras doenças tumorais.
Dentre as doenças malignas com maior incidência, estão o câncer de mama, o câncer do colo do útero e o câncer de ovário.
Doenças neoplásicas com maior incidência
Há vários tipos de câncer no sexo feminino, alguns sendo mais comuns, como o câncer de mama, que é o segundo câncer mais incidente, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma e outros tumores ginecológicos que são mais difíceis de serem diagnosticados numa fase inicial, como o câncer de ovário.
O câncer de mama é uma doença causada por alterações genéticas e pela multiplicação desordenada relacionadas à biologia celular, iniciando desse processo as células anormais se multiplicam e formam assim, um tumor. E mesmo que de forma rara, esse câncer também pode acometer homens.
O câncer de colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção do Papilomavírus Humano – HPV, do tipo oncogênico, esse vírus infecta pele ou mucosas, da região oral, genital ou anal. Sendo a infecção genital a mais frequente, podendo não causar doença na maioria dos casos, mas ocorrendo alterações celulares pode evoluir para o câncer.
O câncer de ovário é uma doença que ocorre nas células ovarianas ou da tuba uterina, podendo estar associada a fatores genéticos e hormonais, acometendo mulheres de qualquer faixa etária, sendo mais comum após os 40 anos de idade. Há diferentes tipos de tumores de ovário, sendo o tipo mais comum o câncer epitelial, proveniente das células epiteliais ovarianas.
Sintomas
Caso apresente alguns desses sintomas, procure um médico, e tenha o diagnóstico correto para buscar o melhor tratamento. Os sintomas mais comuns, dependem do órgão acometido pela doença, no câncer de mama estes sintomas são: o surgimento de pequenos nódulos nas mamas, pescoço e axilas, normalmente indolores, duros e irregulares, que podem ser percebidos na fase inicial.
Outros sinais que podem surgir são: tom da pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; descamação ou ulceração do mamilo ou da pele da mama; alterações no pico do peito; edema e retração cutâneos; dor e/ou inversão do mamilo (afundamento do bico do peito); hiperemia (acúmulo excessivo de fluxo sanguíneo para uma parte específica do corpo); secreção papilar.
No câncer de colo do útero os sintomas podem não aparecer na fase inicial, pois a doença é de desenvolvimento lento, mas em casos mais avançados, pode apresentar: sangramento vaginal após a relação sexual; hemorragia intermitente; dor abdominal; obstrução urinária; constipação intestinal; leucorreia (corrimento vaginal de cor amarela ou branca, e com mau cheiro); perda de peso e apetite.
No câncer de ovário os sintomas não são apresentados em grande parte das mulheres, mas os mais comuns são: dor pélvica ou abdominal; inchaço abdominal; falta de apetite; necessidade de urinar mais vezes. E em casos mais avançados podem surgir outros sintomas, como: dor nas costas, no estomago, e durante a relação sexual; constipação intestinal; fadiga; perda de peso; alterações menstruais; fadiga extrema.
Prevenção
Dentre todos esses casos há alguns fatores que podem diminuir o risco, como: a busca de uma vida e alimentação mais saudável, prática de exercícios para manter o peso, o não uso de anticoncepcionais e/ou reposição hormonal, principalmente após a menopausa, a ida regular ao médico para fazer exames preventivos e o autoexame, como no câncer de mama.
Mas em alguns casos específicos, como o câncer de colo do útero que está relacionado ao vírus Papilomavírus, a vacina do HPV, é uma medida preventiva essencial, oferecida pelo (SUS), de acordo com a faixa etária, pacientes portadores de HIV, e transplantados dos 9 aos 26 anos de idade. Outra maneira comprovada para prevenir o câncer do colo do útero, é a realização do exame Papanicolau que é um procedimento realizado para coletar células do colo do útero e determinar a presença de lesões pré-cancerosas. Além disso, fazer exames de doenças sexualmente transmissíveis e o uso de preservativo, também são formas de prevenção.
Querendo saber mais, sobre outros assuntos que abordem temas como esse, acesse: Panoramas do câncer de ovário.
Texto produzido pela graduanda e aluna de iniciação científica Tamires Fernandes, do curso de Comunicação social e Jornalismo, Universidade: Fumec.